Projeto exige que agências bancárias mantenham
vigias junto aos caixas eletrônicos
Começou a tramitar na Câmara de Campinas projeto que obriga as instituições bancárias a disponibilizarem um vigilante durante todo o expediente para o público e enquanto houver movimentação junto aos terminais de caixas eletrônicos localizados no interior dos estabelecimentos. A exigência inclui o período noturno, sábados, domingos e feriados.
De acordo com o vereador Marcos Bernardelli (PSDB), o autor do projeto, hoje os vigilantes permanecem nas agências até o fim do expediente dos funcionários. “Após esse horário, os caixas eletrônicos ficam desprovidos de segurança e os clientes acabam desprotegidos e vulneráveis”, diz o vereador, na justificativa do projeto.
A proposta prevê ainda, a instalação pelas agências, de uma cabine blindada para uso do vigilante.
Ele diz que esses procedimentos estão previstos em lei federal e que dispositivos como uso de equipamentos elétricos e eletrônicos, armamento, cabine blindada e a presença ininterrupta de um vigilante, são itens de segurança considerados obrigatórios.
O vereador diz ter constatado que os bancos da cidade não atendem à regulamentação no que se refere a segurança do cliente.
O objetivo da presença do vigilante pelo período em que houver movimentação nos caixas eletrônicos pretende inibir o crime conhecido como “saidinha de banco”, quando um cliente é atacado assim que deixa a agência, após fazer saques.
Não há estatísticas específicas deste tipo de crime nos relatórios da Secretaria Estadual de Segurança Pública. O órgão divulga apenas o número de roubos a banco – que foram três este ano. Os crimes de saidinha estão entre os cerca de 4 mil roubos listados pela secretaria este ano na cidade.
Estacionamentos
Também está em tramitação na Câmara projeto que exige de estabelecimentos comerciais a presença de vigilantes em suas áreas de estacionamento.
De autoria do vereador Permínio Monteiro (PV), o projeto prevê que os estabelecimentos devem dispor de um vigilante para os casos em que há entre 30 e 250 vagas. O número de vigilantes deverá aumentar, na proporção do número de vagas existentes.
O vereador questiona o fato de os estabelecimentos não se responsabilizarem pelos casos de furto ou danos provocados nos veículos. “A súmula 130 do STJ (Superior Tribunal de Justiça) diz que a empresa responde pela reparação do dano”, diz ele.