/PESQUISA DA CONTRAF-CUT SOBRE MORTES EM BANCOS REPERCUTE EM TODO PAÍS

PESQUISA DA CONTRAF-CUT SOBRE MORTES EM BANCOS REPERCUTE EM TODO PAÍS

Pesquisa feita pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) com base em informações da imprensa revela que 23 pessoas foram mortas em assaltos envolvendo bancos em todo país durante o ano de 2010. Entre as vítimas fatais, oito são vigilantes, oito clientes, dois policiais e um bancário. Os casos ocorreram em SP (5), RS (3), RJ (3), PA (2), PE (2), PR (3), MG (2), BA, MA e DF.

"Uma média de quase duas mortes por mês é assustadora", avalia o diretor da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr. Para ele, "a estatística comprova o descaso e a escassez de investimentos dos bancos em medidas e equipamentos de prevenção contra assaltos e sequestros, bem como revela a precariedade da segurança pública diante da falta de mais policiais e viaturas nas ruas e ações de inteligência para evitar ações criminosas".

Dentre as ocorrências, há dez crimes conhecidos como "saidinha de banco". Conforme o dirigente sindical, "essa ação dos bandidos começa dentro das agências e, por isso, esse crime não é somente um problema de segurança pública como alegam certos bancos, mas é um golpe que também precisa ser enfrentado por eles, através do reforço dos equipamentos de prevenção e os lucros permitem investir mais em segurança".

"Os bancos precisam ampliar as medidas preventivas, como procedimentos que dificultem a visualização por terceiros das operações dos clientes nas agências e postos, como a instalação de divisórias individualizadas e biombos entre a fila de espera e os caixas, além de portas de segurança com detectores de metais, câmeras de filmagem com monitoramento em tempo real e vidros blindados nas fachadas", defende Ademir.

"Os estabelecimentos não podem ser vulneráveis, senão expõem ao riso a vida de bancários, vigilantes, clientes e usuários, além de transeuntes e outras pessoas que acabam sendo vítimas de quadrilhas cada vez mais atrevidas e aparelhadas, inclusive com explosivos", alerta o diretor da Contraf-CUT.