Rio – Cerca de 200 vigilantes do Rio, que estão em estado de greve, fizeram uma paralisação na manhã desta quinta-feira, no Centro do Rio, reivindicando melhores salários e os 30% de periculosidade, aprovado no Senado em novembro de 2008. Houve caminhada pela Avenida Rio Branco até o prédio do Ministério do Trabalho, na Avenida Presidente Antônio Carlos.
Ao longo da Avenida Rio Branco, várias agências fecharam por falta de segurança porque os vigilantes saíam de seus postos para aderir ao movimento grevista. No Banco Real da Rio Branco nº 117, sete vigilantes que panfletavam colegas foram detidos no interior da agência por PMs à paisano. A Polícia Militar foi chamada e negociou a liberação de dois sindicalistas e cinco vigilantes, advertindo o policial militar que fazia segurança para o banco de que ele não poderia manter em “cárcere privado” trabalhadores que não infringiram nenhuma lei.
Contornada a situação, os grevistas partiram para o Banco Itaú da Rua Buenos Aires nº 68, que continua fechado por falta de vigilantes. A agência do Itaú e do Banco do Brasil na Av. Rio Branco nº 1, ambas instaladas num Centro Comercial, também fecharam às portas por falta de vigilantes, entre outras que não abriram até ás 14h, por causa da adesão dos agentes de vigilância.
O sindicato da categoria realiza assembléia nesta sexta-feira, às 9h, na Rua André Cavalcanti nº 126, para decidir os rumos do movimento, enquanto à negociação com o sindicato patronal não é retomada.
Um dos benefícios mais esperados pela categoria é o pagamento do adicional de periculosidade de 30%, já aprovado no Senado, e que alguns estados já começaram a pagar: Paraná, 10%; São Paulo, 9%; e Espírito Santo, 7%. O sindicato patronal do Rio ofereceu apenas 3% de risco de vida e 6,28% de reajuste salarial, que assembléias anteriores recusaram.