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POLICIAIS DA DIG INDICIAM CINCO VIGILANTES

Policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) detiveram três pessoas, ontem, sob acusação de exercício irregular da profissão. Um casal de Pernambuco, responsável pela contratação dos acusados, que exerciam a função de vigilantes no Jardim Samambaia, também irá responder pelo crime, segundo o delegado titular da unidade, Marcel Fehr. 

De acordo com a autoridade, as detenções ocorreram durante investigações no bairro, realizadas pelos policiais Júlio e Gigio, por conta de furtos que vinham acontecendo em residências. Em um dos casos, diversos objetos de um imóvel foram levados por ladrões, que utilizaram uma EcoSport para transportar o material, em uma manhã de domingo. 

O morador chegou a anotar a placa do veículo e ver os criminosos deixarem o local no momento de sua chegada. "Como há vigilantes no local, fomos ouvi-los para tentar descobrir o que estava acontecendo; se algum deles tinha conhecimento dos furtos. Descobrimos, então, que nenhum deles era credenciado", comentou Fehr.

Outro lado – Segundo Fehr, os detidos – dois deles de Pernambuco e um da Bahia – foram contratados, informalmente, por Luiz Vieira Barbosa, 44 anos, e sua esposa, Marciana Cândida da Silva, 37, donos do ponto do Jardim Samambaia. "Ele e a esposa têm uma empresa informal. 

O que chamou a atenção é que recrutam pessoas no Nordeste, pagando a passagem, o aluguel na cidade, o uniforme. Essas pessoas trabalham dois, três meses, e depois são dispensadas, para que não haja o vínculo empregatício", disse Fehr. Ainda segundo o delegado, o salário prometido pelo casal era de aproximadamente R$ 1 mil, que nunca era pago de forma integral, uma vez que eram descontados os valores dos custos de passagem, de moradia e do uniforme, ocorrendo em seguida a dispensa.

Fehr alertou para a necessidade de o morador pedir ao vigilante a apresentação de credencial. "O documento é expedido pela Polícia Civil. Se não tiver, está irregular". Para ele, deve-se sempre estar atento no momento da contratação desses profissionais, de modo a evitar a atuação nos bairros de pessoas despreparadas, ou mesmo envolvidas com a criminalidade.

 

Fonte: G1 SP